Documento Sinodal - Comissão para a Unidade Cristã

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X SÍNODO DOS BISPOS COMISSÃO PARA UNIDADE CRISTÃ

SOB O PONTIFICADO DE SUA SANTIDADE, O PAPA JOÃO PAULO VII

PROÊMIO • Nos nossos tempos atuais, muitas questões são levantadas sobre a relação entre clérigos e leigos, sobre o seu papel, sua natureza, seus frutos para a Igreja. Desde já elogiado pelo sínodo e a sua convocação, com toda certeza será frutuoso e de muitas graças para a Igreja e para o mundo; citando as palavras de SS. Bento XVI, " hoje vemos que a boa semente, mesmo desenvolvendo-se lentamente, cresce, todavia, e cresce também assim a nossa profunda gratidão pela obra realizada pelo Concílio(Discurso do Papa Bento XVI aos Cardeais, Arcebispos e Prelados da Cúria Romana na apresentação dos votos de Natal). Levo as palavras do Santo Padre para me voltar ao sínodo, que a partir do C.C Vaticano II trouxe e incluiu o leigo nos trabalhos árduos da igreja. • Contudo, o Santo Padre nos lembra que os frutos do Vaticano II desenvolvem-se lentamente. É lamentável que, em muitos ambientes, e ainda mais a relação laical não tenha encontrado à terra fértil onde pudesse crescer e frutificar, ainda não tenha encontrado acolhida nos corações de alguns católicos, de modo que pudesse se tornar uma abundante fonte de renovação espiritual, causando todo o bem às almas que desejamos e contribuindo sem barreiras para a maior Glória de Deus. Fato que muito disso é pela relação entre o clero e os leigos, como podemos mudar esse cenário? Como um pároco pode incluir o leigo nos trabalhos paroquiais? Devemos nos esforçar, porém, há padres que não aceitam ou não gostam de se relacionar profissionalmente com os leigos, contudo, é de se lamentar que, desgraçadamente, até mesmo dentro da Barca de Pedro existam aqueles que se esforcem para fazer-Lhe água. RELAÇÃO ENTRE O CLERO E O LAICATO É necessário realizar um caminho de acompanhamento e motivação que reúna o clero e aqueles aos quais lhe foram confiados para que desempenhem ardoroso e frutífero trabalho na sociedade e, até mesmo, em ambientes hostis para a Igreja. Este relacionamento deve ser baseado em cumplicidade mútua, onde o pastor confie em sua ovelha e a ovelha em seu pastor.(Carta Encíclica SAL TERRAE, de Urbano III. Capítulo I, a relação entre o laicato e o clero). Desta forma a relação entre o clero e os leigos devem especialmente se iniciar pelo respeito, obediência e capacidade. Respeito entre pessoas, saber se colocar no seu lugar e realizar as obras conforme seu posto. • O padre deve respeitar o leigo e suas diferenças e inclui-lo nos trabalhos paroquiais, catequeses, missões populares, doações, e principalmente, incluir na paróquia um curso de ministros da eucaristia e da liturgia, dar uma formação breve e intensa para leva-los ao posto de leitores, e auxiliares para que a missa sempre seja cheia e com os serviços bem distribuídos. “Para estes novos tempos, o melhor caminho é o diálogo para a superação das diferenças” (URBANO III, papa. Carta Encíclica Mirare Tempore Futurum, 2018). • Sejam obedientes aos seus pastores. Ouçam o conselho deles. Eles estão atentos a condição de vida de vocês e trabalham sobre a estrita supervisão de DEUS. Contribuam para que a liderança dele seja alegre, não penosa. Por que tornar as coisas mais difíceis?(Hebreus 13,17); A obediência é um pilar muito importante, o leigo, além de respeitar (que seja um respeito reciproco), deve obedecer ao clérigo nos serviços paroquiais, certo que o trabalho paroquial é um trabalho voluntario, sem fins lucrativos, deve-se sim obedecer às regras e os deveres paroquiais. • “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a o Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida”(Tiago 1:5) Deus nos capacita a cuidar das paroquias, já que ninguém nasce sabendo de nada, porém temos que incluir em cada diocese ou paróquia uma formação universal para leitores, coroinhas, cerimonialistas, ministros para que assim capacitemos os leigos a realizar tarefas e inclui-los nos eventos de forma que auxilie o padre, entendendo o que compete a eles e o que só compete aos ministros ordenados. Tendo dada a importância dos ministros leigos, exercendo o sacerdócio batismal comum, no serviço da Santa Igreja, é imprescindível salientar que os fiéis leigos não podem, e nem devem, substituir a função dos ministros ordenados.(Carta Encíclica SACERDOTIUM REGIUM, de João Paulo VII. Capítulo II, A PARTICIPAÇÃO DOS MINISTROS LEIGOS NO APOSTOLADO) AÇÃO CONCRETA PENSANDO NA UNIDADE CRISTÃ • “Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; 5há um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos”. (Efésios 4,4-6); O Apóstolo Paulo faz um apelo à unidade, ele mostra a unidade divina e a unidade cristã. Mas a unidade cristã não implica necessariamente em uniformidade, ação que só tem uma forma, falta de variedade. O ensino das Escrituras é que vivenciemos a unidade na diversidade e na pluralidade de dons e chamados. Reconhecer a importância da diversidade, nos leva a uma obra mais excelente. As nossas diferentes habilidades e capacidades cooperam para um melhor serviço. Elas somam e não dividem quando há unidade espiritual. • “São todos os apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Todos tem o dom de realizar milagres? Todos tem o dom de curar? Falam todos em línguas? Todos interpretam?” (1 Co 12,29-30)esse texto nos faz refletir que na fé cada um tem seu dom e cabe aos pastores ajudar os leigos a ter um autoconhecimento para descobrir o seu e ajudar da forma que for necessário, pois se fossemos todos homogêneos em espirito talvez a evangelização não chegasse a todos os povos,já que cada um é atraído de diferentes maneiras. • A unidade é do Espírito, mas também, é algo que não se realiza sem a nossa cooperação. Ao ensinar sobre o tema da unidade, o apóstolo Paulo, em Efésios 4,4-6 expôs o que é unidade, ao descrever sete aspectos dela: I. Unidade do corpo: “...um só corpo…” II. Unidade de Espírito: “...um só espírito…” III. Unidade de Propósito: “...uma só esperança…” IV. Unidade de Autoridade: “...um só Senhor…” V. Unidade de Fé: “...uma só fé…” VI. Unidade no Batismo: “...um só batismo…” VII. Unidade Familiar: “...um só Deus e Pai de todos…” • Após Todo o conteúdo pensando na Unidade Cristã, pensamos em desenvolver um projeto para a promoção da Unidade: I. Turnê de Evangelização: Turnê de evangelização é um projeto que foi criado a muitos anos atrás onde ainda só está no papel, basicamente é um projeto que tem o intuito de evangeliza às pessoas atuando de várias formar, através da Arte, Dialogo, Partilhas entre outras formas adaptadas para a melhor evangelização das pessoas que estão doentes espirituais e mentais. O projeto visa o público alvo Jovem e adolescente, pois é o maior público do habbo. Quem pode fazer parte: Leigos e alguns sacerdotes que desejam evangelizar e que tenham sede de anunciar o Cristo independente de carismas. Como: Através da Arte (Teatro, música, dança.) Através da conversa (Confissão, estudos sobre a palavra, Lectio Divina.) Através da Partilha (Uma conversa amiga, jogos e brincadeiras edificantes.) Através das Celebrações (Celebração da palavra, Missas, momentos oracionais, adoração, etc..) Qual o objetivo: A pessoa saber que Deus se importa com ela, que ele existe e que no mundo por mais complicado que às coisas hoje em dia esteja acontecendo existem pessoas que se importam com às vidas, despertar vocações e Levar o evangelho a toda criatura. Obs.: Antes de sair em missão, todos os missionários passaram por um acompanhamento espiritual e formativo que será aplicado pelos coordenadores do projeto, o mesmo pode ser implantado dentro e fora do habbo, de preferência hotéis que não tenho cleros, é de suma importância ter uma seleção pinçada a dedo para que não haja problemas e complicações durante às missões. CONCLUSÕES Darei a vocês bons pastores que governarão do Meu jeito, eles irão liderar vocês com inteligência e sabedoria.(Jeremias 3,15)Aos padres, certo do serviço direcionado a Deus, desde a nossa ordenação temos uma missão muito forte, que é servir aqueles que fazem parte da Igreja de Deus, levar os sacramentos e servir aqueles que nos procuram. A relação com um leigo é muito maior que simplesmente incluir na vida paroquial, é levar a palavra, aumentar sua fé, dar-lhe o perdão de seus pecador e o alimentar com a eucaristia. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Darei a eles um só pensamento e uma só conduta, para que me temam durante toda a sua vida, para o seu próprio bem e o de seus filhos e descendentes.(Jeremias 32,38-39) • Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos(Provérbios 27,23)A missão continua árdua e faça com que seja realizada. Não somos padres sem os leigos, não nos salvamos sozinhos, mas podemos auxiliar e fazer com que aqueles que nos buscam sejam salvos. • Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.(2 Timóteo 2,15)tenha a santa Paciência de corrigir quantas vezes for necessário, porém sempre com cordialidade e doutrina, para que o mesmo possa enxergar onde está o erro dele. • Por meio das assembleias sinodais foi possível ver que temos muito a melhorar e que conseguimos alcançar ótimos resultados, pois foi um trabalho que todas as comissões levaram a sério e trouxeram grandes ideias que cabe a nós como pastores colocar em Prática. • Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.(Efésios 4,3)Lembre-se de tudo o que for fazer pensar sempre na união de Espírito, pois somos a Igreja Do Deus que é Uno em Espírito, porém é também Trino nos ilustrando que não fazemos nada sozinhos e dependemos do outro para alcançar a nossa Salvação.



Dom Darllan Victor Messias Médici
Presidente da Comissão Sinodal para a Unidade Cristã.

Noêmia Cardoso
Secretária